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Carta do Ministro geral para o Pentecostes de 2025 494d1p

03/06/2025 104q17

Queridos irmãos e irmãs, que o Senhor lhes dê a paz!

Estamos nos preparando para celebrar o Pentecostes, dia tão querido a São Francisco, que viu no Espírito Santo o verdadeiro Ministro geral da Ordem. Neste dia, confiamo-nos mais uma vez ao ‘Senhor que dá a vida’ e invocamos com fé a sua santa operação (Rb 10,8) sobre nós e sobre toda a humanidade: “Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor!”.

Acima, podemos acompanhar a introdução da carta do Ministro geral da Ordem dos Frades Menores, Frei Massimo Fusarelli, para a celebração de Pentecostes, no dia 8 de junho, próximo domingo.

E AQUI O DOCUMENTO OFICIAL

Essa solenidade na Igreja Católica ocorre cinquenta dias após a Páscoa, e nela somos convidados a renovar a força do Espírito Santo recebida na Confirmação.

Como é narrado no livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11), na primeira leitura dessa celebração encontramos a descrição da manifestação divina no momento em que os discípulos recebem e reconhecem a presença do Espírito Santo:

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se”.

Desta forma, completava-se ali, naquele momento, a promessa do envio do Espírito, que permitiria aos discípulos de Jesus e toda a Igreja a conservarem a unidade com a Santíssima Trindade. E é a Ele que rogamos e pedimos força e iluminação. A presença do Espírito Santo, representada por uma pomba branca, com a predominância da cor vermelha na composição da nossa construção visual, nos ajuda a compreender a importância do Deus trino em nossa vida.

O salmo responsorial 103 (104) da solenidade diz em seu refrão: “Enviai o vosso Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai!”. A Ele pedimos a intercessão para nos libertar dos conflitos e das dores, pois, quando ocorreu o Pentecostes, o Espírito Santo se fez presente entre os discípulos e todos falaram a mesma língua, conforme nos descreve o Evangelho, tornando-os capazes de, juntos, entoarem as maravilhas de Deus. Esse momento nos revela que o Espírito Santo veio para nos mostrar que, quando estamos cheios da presença de Deus, conseguimos falar a “mesma língua”, ou seja, conseguimos nos manter em unidade, independentemente das distâncias, das nacionalidades, das nossas origens e dos idiomas, pois proclamamos a linguagem do amor de Deus.

Justamente pensando na força do Espírito Santo do Senhor é que o Ministro geral, em sua carta para a celebração de Pentecostes, valoriza a importância da unidade dos cristãos em favor da paz no mundo:

“Nesta hora da história, quando a humanidade é atravessada pelas densas nuvens da guerra, da violência e da injustiça, precisamos urgentemente do Espírito que ‘faz novas todas as coisas’. Nosso coração se volta com particular dor e ternura para os pequenos e marginalizados da história: os civis indefesos e especialmente as crianças em Gaza, na Ucrânia, no Leste do Congo, em Myanmar, no Haiti, no Sudão e em tantos outros lugares onde ocorrem conflitos esquecidos mas muito graves, junto com tantas histórias de resistência e de paz”.

Frei Massimo Fusarelli traça uma relação entre a localização geográfica da ocasião de Pentecostes, em Jerusalém, e propõe que a paz seja retomada nesse território, no qual os conflitos da atualidade interferem diretamente nas relações mundiais, pois é referência bíblica e histórica na vida de Jesus Cristo e de muitas manifestações divinas que marcam a presença de Deus por meio de seu Filho.

Visto isso, o Ministro geral relembra também a relação de São Francisco de Assis no seguimento de Jesus Cristo, e a forma como o Santo Seráfico manifestava e transformava os textos do Evangelho em atitudes de amor e fé, ou seja, em atos concretos de paz:

“Mas é precisamente aqui que o Espírito do Senhor nos alcança para nos sacudir da habituação, da resignação e da indiferença. Unamo-nos de diversas maneiras às pessoas de boa vontade para não esquecer as vítimas de cada conflito e o grito de paz que sobe do deserto humano no qual caminhamos”. E ele prossegue exaltando: “Digamos com fé: Louvado sejas, meu Senhor, por todas as tuas criaturas!’”.

Convidando a Família Franciscana à unidade, Frei Massimo aponta “a oração humilde e constante, acompanhada do jejum e da educação para rejeitar a lógica do rearmamento e da violência que nos permeia e nos condiciona”, como estratégia para a conquista da paz, e salienta: “Por isso, aprendamos também a erguer nossa voz, por mais fraca que possa ressoar diante dos poderosos do mundo: ‘Louvado sejas, meu Senhor!’”.

Ao final da mensagem, o Ministro geral menciona o Capítulo Internacional das Esteiras, que está sendo realizado em Assis, de 2 a 8 de junho — momento importante para a renovação da confiança de todos no “Espírito que sopra onde quer e quando quer, para fazer florescer a esperança mesmo nos desertos mais áridos da história humana, incluindo a nossa”. E ressalta: “Que este contexto dramático ilumine também com audácia nosso discernimento para a Ordem a caminho do Capítulo geral 2027”.

Frei Massimo Fusarelli encerra o texto desejando que, a partir da presença do Espírito Santo do Senhor e como instrumentos de paz e de reconciliação, todos os membros da Ordem possam, com amor e testemunhos críveis da história franciscana, romper os muros da discórdia, da discriminação, dos conflitos.

Leia abaixo a carta na íntegra

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Roma, 29 de maio de 2025

Caros Irmãos e Irmãs,

O Senhor vos dê a paz!

Preparamo-nos para celebrar o Pentecostes, dia tão caro a São Francisco que via no Espírito Santo o verdadeiro Ministro geral da Ordem. Neste dia confiamo-nos mais uma vez ao «Senhor que dá a vida» e invocamos com fé seu santo modo de operar (RB X, 9) sobre nós e sobre toda a humanidade: Louvado sejas, meu Senhor, por aqueles que perdoam por teu amor!

O Espírito que faz novas todas as coisas Nesta hora da história, quando a humanidade é atravessada pelas densas nuvens da guerra, da violência e da injustiça, precisamos urgentemente do Espírito que “faz novas todas as coisas”. Nosso coração se volta com particular dor e ternura para os pequenos e marginalizados da história: os civis indefesos e especialmente as crianças em Gaza, na Ucrânia, no Leste do Congo, em Myanmar, no Haiti, no Sudão e em tantos outros lugares onde ocorrem conflitos esquecidos mas muito graves, junto com tantas histórias de resistência e de paz.

Não é fácil continuar esperando enquanto somos peregrinos nesta história dolorosa que, humanamente, parece sem sentido e sem saída. Assistimos a mesas de paz que não concluem nada e não sabemos o que esperar. Mas é precisamente aqui que o Espírito do Senhor nos alcança para nos sacudir da habituação, da resignação e da indiferença. Unamo-nos de diversas maneiras às pessoas de boa vontade para não esquecer as vítimas de cada conflito e o grito de paz que sobe do deserto humano no qual caminhamos. Digamos com fé: Louvado sejas, meu Senhor, por todas as tuas criaturas!

Jerusalém, cidade da paz O Espírito do Senhor foi derramado sobre Jerusalém, cidade de paz. O que está acontecendo naquela Terra abençoada tem um peso particular para o mundo inteiro. Acreditamos que a paz deve começar precisamente de Jerusalém: desde os pequenos e grandes de Gaza, prisioneiros em sua própria terra, desde os reféns que clamam por liberdade, desde aqueles que gritam paz e ouvem apenas ruídos de guerra e não veem futuro.

Como filhos de Frei Francisco, que se fez peregrino de paz na Terra Santa e em meio ao barulho das armas, não podemos permanecer indiferentes. Nossa estratégia de paz é antes de tudo a oração humilde e constante, acompanhada do jejum e da educação para rejeitar a lógica do rearmamento e da violência que nos permeia e nos condiciona. Por isso aprendamos também a erguer nossa voz, por mais fraca que possa ressoar diante dos poderosos do mundo: Louvado sejas, meu Senhor!

Movidos pelo Espírito Santo

Movidos pelo Espírito Santo, pedimos ao Pai o dom da paz e da justiça, que é o próprio Jesus Cristo, humilde Príncipe da Paz. Neste tempo de preparação para o Pentecostes, no qual viveremos o Capítulo Internacional das Esteiras (2-8 de junho) e o Conselho Plenário da Ordem na Porciúncula (8-11 de junho), renovamos nossa confiança no Espírito, que sopra onde quer e quando quer, para fazer florescer a esperança mesmo nos desertos mais áridos da história humana, incluindo a nossa.

Durante estes encontros invocaremos o dom da paz. Que este contexto dramático ilumine também com audácia nosso discernimento para a Ordem a caminho do Capítulo geral 2027.

Que o Espírito do Senhor faça de nós instrumentos de sua paz, agentes de reconciliação, testemunhas credíveis daquela fraternidade para além de todo muro e discriminação que o mundo espera.

Com a bênção de São Francisco e a intercessão de Santa Clara, saúdo-vos fraternalmente na alegre expectativa do Pentecostes.

Veni, Creator Spiritus!

Vosso irmão e servo

Fr. Massimo Fusarelli, OFM

Ministro geral


Adriana Rabelo Rodrigues

Fonte:https://ofm.org/lettera-del-ministro-generale-per-la-pentecoste-2025.html

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